Mania de Não Jogar Fora



O transtorno obsessivo compulsivo ou TOC consiste em “manias” ou rituais repetitivos que a pessoa não consegue controlar e começam a trazer sofrimento e prejuízo social.

Existem diversos tipos de TOC, alguns tão graves que chegam a ser incapacitantes, fazendo a pessoa não querer sair de casa e também atrapalham a relação com a família, podendo até mesmo causar o fim do casamento e a perda do emprego.

Dentre os rituais que mais dificultam a convivência está o chamado “colecionismo”. Apesar de o nome sugerir, não se trata somente de colecionar objetos como por exemplo, o hobby de guardar notas antigas, latas de refrigerante e cerveja ou pequenas lembranças da infância, neste tipo de TOC a pessoa pode chegar a guardar jornais velhos, garrafas pet, caixa de papelão e outros objetos sem muita utilidade.


Este comportamento começa a causar conflitos entre as pessoas que convivem com o portador do transtorno, tamanho é o espaço que começam a ocupar na casa, muitas vezes acumulando poeira e sujeira e até impedindo a locomoção entre os cômodos. Nos Estados Unidos são conhecidos pelo termo “Hoarders” e inspiraram um programa de TV que leva o mesmo nome e exibe a casa destas pessoas.

É claro que nem todas as pessoas que guardam objetos podem ser consideradas doentes. O TOC geralmente envolve hábitos nitidamente irracionais, ou seja, que fogem da coerência, são incontroláveis (se não houver tratamento) e por incrível que pareça são conscientes, seu portador sabe que não faz sentido e por isso sofre por não conseguir parar de fazer ou pensar sempre na mesma coisa.

No transtorno obsessivo compulsivo, primeiro vem um pensamento que chamamos de obsessão, pois se repete a todo tempo. Em seguida a pessoa, na tentativa desesperada de aliviar estas obsessões, começa a ter atitudes cada vez que vem o pensamento, esses atos chamam-se compulsões. Ambos os fenômenos estão diretamente relacionados à ansiedade e ainda hoje não se sabe ao certo porque algumas pessoas desenvolvem o TOC e outras não.

 O tratamento recomendado envolve o acompanhamento com o médico psiquiatra com uso de medicamentos, associados à psicoterapia com o psicólogo. A técnica mais estudada para o TOC é a psicoterapia cognitivo comportamental. A duração é variável, mas geralmente tem prazo médio a longo, podendo haver constantes ajustes da dosagem e possível troca da substância quando ocorrem reações adversas, já que é comum o uso de doses mais altas para alcançar a total remissão dos sintomas.

Você tem alguma mania?

PNAP Neurociência & Psiquiatria Cérebro & Bem Estar
Equipe Médica Dr. Paulo André Issa
Fonte: http://www.pnap.com.br/mania-de-nao-jogar-fora/

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